Mulher é furada por homem desconhecido com agulha dentro de ônibus no DF

26/08/2012 00:37

Dona de casa toma 20 comprimidos por dia e terá que tomar duas injeções por semana durante os próximos 30 diasCom medo, a vítima começou a tomar um coquetel contra doenças

Uma mulher foi furada com uma agulha por um homem desconhecido dentro de um ônibus esta semana no Setor O em Ceilândia, região administrativa do DF. Com medo, a jovem começou a tomar um coquetel contra o vírus da HIV (aids).

Desde o incidente, a dona de casa Elisa Melo passou a tomar 20 comprimidos por dia. Além disso, ela terá que tomar pelo menos duas injeções por semana durante os próximos 30 dias.

— Tenho a sensação de qualquer hora eu posso morrer. É terrível, só vivo com dor de cabeça, mal estar e vômito.

Ela tinha acabado de sair de Taguatinga, região administrativa do DF, no começo desta semana. Eram mais ou menos 20h, quando o homem a furou.

 

— Ele fingiu se levantar e praticamente se deitou nas minhas costas, fingindo que estava apenas esbarrando. Neste momento, ele aplicou a injeção e ficou me ameaçando com o olhar. Quando falei que ele tinha me furado, ele disse que não tinha feito nada.

Elisa desembarcou em um ponto de ônibus da QNO 18 na Expansão do Setor O em Ceilândia. Em nenhum momento o homem reconheceu ter aplicado qualquer tipo de produto nela.

Mas ao descer, a dona de casa decidiu olhar para trás e viu que o homem estava rindo. Ele disse algumas palavras que deixaram a jovem um pouco assustada.

— Foi um prazer te conhecer. Foi o que ele disse. Na hora eu fiquei parada por um tempo, em estado de choque, sem reação para nada.

A mãe de Elisa, a aposentada Joaquina Conceição, chegou a pensar no pior quando ficou sabendo do fato.

— Pensei em duas coisas: ou injetou alguma coisa com aids e colocou drogas na minha filha.

A PCDF (Polícia Civil) vai investigar o caso. A ocorrência foi registrada na 24ª DP (Setor O) e o delegado responsável pelo caso, Marcelo Portela, diz que será feito um retrato falado do possível acusado para ajudar nas investigações.

— Com o retrato falado nós teremos mais um instrumento para identificar. Vamos divulgar e pessoas que passaram por situação parecida ou que identificarem de alguma forma esse indivíduo poderão entrar em contato com a delegacia ou ligar no número 197, para tomarmos as devidas providências.

Elisa está sendo tratada. Daqui a 30 dias, a dona de casa vai repetir os exames para descartar ou confirmar a existência do HIV. Depois de 60 dias, ela passará por uma nova bateria de exames para analisar a presença ou ausência dos diversos tipos de hepatite.

Fonte: Portal R7